Hoje foi a minha 2ª consulta de cirurgia após ter sido operada a 27 de outubro 11.
Os temas a abordar seriam a cicatriz e o resultado das análises que efetuei no dia 27 de janeiro.
Mal entrei no cunsultório soube que o meu processo anda perdido e que no piso de oncologia não sabem dele, alertei para o facto de poder estar no -1 na parte onde vou fazer o iodo, já que na próxima segunda serei lá internada.
Quanto ao assunto cicatriz, ele referiu que sim, está melhor do que estava em janeiro quando o fui procurar para saber se estava a fazer quelóide. Disse que se lembra de eu nesse dia estar em pânico por causa dessa possibilidade. No entanto, ainda não está como ele gostaria. Explicou-me que a cicatriz do dreno está no sítio onde o nosso corpo demora mais tempo a cicatrizar e por isso se nota mais, mas que se não melhorar ele dá-me uma anestesia local e me tira a marca (ele já me tinha falado disso antes). Disse-me para continuar a pôr nívea e usar o lenço até aguentar. Mas que quando começar o calor posso andar só com creme de proteção solar mas muito forte (fator 50 ou 60) mas para não ficar exposta ao sol diretamente.
Quanto ao resultado das análises que tinha feito, os resultados estavam todos muito bons, os níveis de tsh, t3 e t4 estão normais e o cálcio também (9,7). Se não fosse fazer agora o iodo radiativo parava com o cálcio porque já não me faz falta, mas com o tratamento é melhor manter o comprimido uma vez ao dia e depois na próxima consulta retira-se.
Fala-mos um pouco do tratamento na próxima semana, da dieta, etc. Ele informou-me que sem a hormona (eutirox) é normal que o meu cabelo caia mais, que tenha mais dificuldade em defecar, que me canse mais a andar e que quando tento correr fique muito cansada e não consiga puxar muito por mim. Também falou no inchasso mas até agora nada (ainda bem).
Questionei-o sobre uma dúvida que tinha desde a cirurgia, prende-se com uma bandolete com picos que já referi aqui que a anestesista me colocou na testa já na sala de operações e disse que era a única maldade que me ia fazer. Com todas as pessoas que comentei isso ninguém sabia do que se tratava, inclusivé as minhas colegas do hospital. Ele explicou que serve para a anestesista, através do monitor, saber quando necessita de dar mais anestesia, ela percebe quando a dose está a começar a ser insuficiente e assim administra logo mais. Há vários sistemas, mas ela optou por aquele.
Continua a referir que foi tudo detetado muito cedo e que há sempre solução nestes casos. Há situações que eles veem que é tarde demais e nem sequer operam porque o estrago será maior. Pediu-me para agora ter mais paciência porque vou ter que andar sempre a ser vigiada com muita frequência duranto uns 5 a 8 anos. Assim, no caso de aparecerem novos ganglios serei novamente operada para limpar tudo e que no final ficarei é com uma cicatriz maior. Mas para não me preocupar.
Chamou-me a atenção para a gravidez nesta fase, porque o tratamento e as semanas seguintes prejudicam o feto, mas que depois de tudo resolvido não haverá qualquer problema. Eu disse-lhe que a curto prazo não faz parte dos meus planos. Claro que quero muito ter filhos mas não para já.
A próxima consulta com ele ficou marcada para o dia 10 de julho, no mesmo dia da de oncologia, propositadamente, para não ter que ir para lá noutro dia. Antes disso (26 de junho) terei que ir lá fazer então as análises ao sangue e a ecografia.
Quanto à minha dieta de preparação para o iodo, continuo a sentir-me bem, estou agora no segundo dia e ainda não tive desejo de comer nada proibído, tenho é comido mais fruta. Hoje o pequeno almoço foi um pão com manteiga vegetal e um sumo de laranja natural. A meio da manhã uma banana e ao almoço arroz branco com peixe do rio grelhado, não me perguntem qual porque não sei. Mas não sabe assim tão mal como diziam, até era saboroso, regado com azeite.
Sinto-me bem...
Sem comentários:
Enviar um comentário